
O Primeiro Post
Clima melancólico, tons em sépia, e natureza mostrados juntos e de uma forma muito peculiar no cinema. Assim são os filmes de Andrei Tarkovski, cineasta russo, nascido em 1932. Stalker, seu filme de 1979, carrega todas essas características de que falamos, e é a fonte de inspiração para o nome desse blog caro leitor. E por quê?
Para isso é necessário que você conheça um pouco do desenvolvimento da história apresentada em Stalker. Sobre os Stalkers, sobre A Zona, sobre ser um piolho, e porque não, sobre o porco-espinho?
Vamos à sinopse: Em algum lugar do planeta, um meteoro cai - pelo menos esta é a conjectura - e a região que é atingida passa a ter ações estranhas. Sim leitores, AÇÕES. A região passa a ser chamada de A Zona. Há rumores de que dentro da Zona existe O Quarto, em que os seus desejos podem ser realizados lá. O Exército então cerca a área, para que invasores não penetrem no local, sendo que o próprio exército teme entrar na Zona. Mas, os Stalkers, são alguns poucos que possuem a habilidade de entrar na Zona e ainda permanecerem vivos. A história começa quando um escritor e um físico contratam um desses Stalkers para entrarem na Zona.
Filosofia, poesia, pintura e reflexão, muita reflexão... Tudo isso e muito mais pode ser encontrado nesse belíssimo filme. É a vida em estado bruto que pulsa em cada frame do filme. É antes de tudo um filme sobre a fé, onde é preciso que se acredite no filme para que este funcione de alguma forma.
A relação entre quem assiste com o que se assiste é tão grande que é praticamente impossível descrever a sensação de assisti-lo pela primeira vez. Cada pessoa assiste um Stalker diferente.
Parte técnica? Fotografia? Direção? Em se tratando de Tarkovsky seria chover no molhado o elogio dessas partes.
Ele era o melhor, até o Bergman reconheceu isso. Você deve estar se perguntando qual é a relação entre esse filme Russo feito 30 anos atrás e esse blog atual inicialmente elaborado por dois "moleques". Bem... A resposta dessa pergunta reside em uma poesia declamada no próprio filme pelo Stalker em pessoa:
"Agora o verão se foi
E poderia não ter vindo
No sol está quente,
Mas tem de haver mais.

Tudo aconteceu,
Tudo caiu em minhas mãos.
Como uma folha de cinco pontas
Mas tem de haver mais.
Nada de mau se perdeu,
Nada de bom foi em vão...
Uma luz clara ilumina tudo
Mas tem de haver mais.
A vida me recolheu,
À segurança de suas asas.
Minha sorte nunca falhou,
Mas tem de haver mais.
Nem uma folha queimada,
Nem um graveto partido.
Claro como um vidro é o dia...
Mas tem de haver mais. ’’
Stalker - Andrei Tarkovski
Abstraindo tudo isso para fazer caber em nossas intenções, A ZONA seria o conhecimento despretensioso, conhecimento de coisas gostosas, do nosso cotidiano, coisas que são magníficas, mas passam despercebidas. Claro, não somos retentores do conhecimento, somos apenas curiosos, e queremos compartilhar nossas curiosidades e descobertas com vocês leitores, e queremos que isso parta de vocês também, por isso estamos tentando desenvolver nossa infra-estrutura para conseguir chegar mais próximos de vocês. Stalkers, portanto, somos todos.
Uma frase dita pelo Stalker no filme: "O Stalker não pode entrar no Quarto. O Stalker não pode sequer pensar no interesse próprio, ao entrar na Zona. Lembra-se do Porco-Espinho! Sim... sou um piolho, nada fiz nesse mundo, nem nada posso fazer. Nem à minha mulher dei nada. Não tenho amigos, mas não tire o que é meu! Privaram-me de tudo lá, alem do arame farpado. Tudo que tenho, está aqui! Compreende? Aqui na Zona. Felicidade, a liberdade, a dignidade, tudo está aqui!”.
Somos todos piolhos diante dos conhecimentos do mundo, portanto, sintam-se felizes, livres, e dignos aqui na Zona, tudo está aqui.
Além de tudo isso, fica a dica, assistam ao filme, garanto que será uma experiência boa, e uma grande viajem.
MAS TEM DE HAVER MAIS...
Clima melancólico, tons em sépia, e natureza mostrados juntos e de uma forma muito peculiar no cinema. Assim são os filmes de Andrei Tarkovski, cineasta russo, nascido em 1932. Stalker, seu filme de 1979, carrega todas essas características de que falamos, e é a fonte de inspiração para o nome desse blog caro leitor. E por quê?
Para isso é necessário que você conheça um pouco do desenvolvimento da história apresentada em Stalker. Sobre os Stalkers, sobre A Zona, sobre ser um piolho, e porque não, sobre o porco-espinho?
Vamos à sinopse: Em algum lugar do planeta, um meteoro cai - pelo menos esta é a conjectura - e a região que é atingida passa a ter ações estranhas. Sim leitores, AÇÕES. A região passa a ser chamada de A Zona. Há rumores de que dentro da Zona existe O Quarto, em que os seus desejos podem ser realizados lá. O Exército então cerca a área, para que invasores não penetrem no local, sendo que o próprio exército teme entrar na Zona. Mas, os Stalkers, são alguns poucos que possuem a habilidade de entrar na Zona e ainda permanecerem vivos. A história começa quando um escritor e um físico contratam um desses Stalkers para entrarem na Zona.
Filosofia, poesia, pintura e reflexão, muita reflexão... Tudo isso e muito mais pode ser encontrado nesse belíssimo filme. É a vida em estado bruto que pulsa em cada frame do filme. É antes de tudo um filme sobre a fé, onde é preciso que se acredite no filme para que este funcione de alguma forma.
A relação entre quem assiste com o que se assiste é tão grande que é praticamente impossível descrever a sensação de assisti-lo pela primeira vez. Cada pessoa assiste um Stalker diferente.
Parte técnica? Fotografia? Direção? Em se tratando de Tarkovsky seria chover no molhado o elogio dessas partes.
Ele era o melhor, até o Bergman reconheceu isso. Você deve estar se perguntando qual é a relação entre esse filme Russo feito 30 anos atrás e esse blog atual inicialmente elaborado por dois "moleques". Bem... A resposta dessa pergunta reside em uma poesia declamada no próprio filme pelo Stalker em pessoa:
"Agora o verão se foi
E poderia não ter vindo
No sol está quente,
Mas tem de haver mais.
Tudo aconteceu,
Tudo caiu em minhas mãos.
Como uma folha de cinco pontas
Mas tem de haver mais.
Nada de mau se perdeu,
Nada de bom foi em vão...
Uma luz clara ilumina tudo
Mas tem de haver mais.
A vida me recolheu,
À segurança de suas asas.
Minha sorte nunca falhou,
Mas tem de haver mais.
Nem uma folha queimada,
Nem um graveto partido.
Claro como um vidro é o dia...
Mas tem de haver mais. ’’
Stalker - Andrei Tarkovski
Abstraindo tudo isso para fazer caber em nossas intenções, A ZONA seria o conhecimento despretensioso, conhecimento de coisas gostosas, do nosso cotidiano, coisas que são magníficas, mas passam despercebidas. Claro, não somos retentores do conhecimento, somos apenas curiosos, e queremos compartilhar nossas curiosidades e descobertas com vocês leitores, e queremos que isso parta de vocês também, por isso estamos tentando desenvolver nossa infra-estrutura para conseguir chegar mais próximos de vocês. Stalkers, portanto, somos todos.
Uma frase dita pelo Stalker no filme: "O Stalker não pode entrar no Quarto. O Stalker não pode sequer pensar no interesse próprio, ao entrar na Zona. Lembra-se do Porco-Espinho! Sim... sou um piolho, nada fiz nesse mundo, nem nada posso fazer. Nem à minha mulher dei nada. Não tenho amigos, mas não tire o que é meu! Privaram-me de tudo lá, alem do arame farpado. Tudo que tenho, está aqui! Compreende? Aqui na Zona. Felicidade, a liberdade, a dignidade, tudo está aqui!”.
Somos todos piolhos diante dos conhecimentos do mundo, portanto, sintam-se felizes, livres, e dignos aqui na Zona, tudo está aqui.
Além de tudo isso, fica a dica, assistam ao filme, garanto que será uma experiência boa, e uma grande viajem.
MAS TEM DE HAVER MAIS...
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