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29/01/2011

O brega-popularesco é a cegueira do povo

Por estes dias eu estava conversando sobre música com uma grande amiga minha que embora se interesse por conversas mais intelectuais reprovava minha atitude de ataque ao que chamo de brega-popularesco, afinal, ela é adepta de músicas do mainstream, e alguns entretenimentos
espalhados por aí pela grande mídia manipuladora dos fracos.

Chamo de brega-popularesco aquele estilo musical, ou cultura consumida pela grande massa que é vítima da enorme propaganda do efêmero e falso realizada pelas grandes redes, sendo que na verdade deveriam passar a analisar a qualidade do produto através de senso crítico, e não pela aprovação em massa propagada pela TV.

Voltando à minha amiga, ela afirmava que eu estava menosprezando a cultura das outras pessoas, e que apenas levantava a bandeira do meu estilo musical por ser meu estilo musical preferido.

Na verdade, o que me motiva a atacar o brega-popularesco é o fato de ele ser uma cultura proposta pela direita, a fim de calar o povo no melhor estilo: "pão e circo" e vedá-los para não refletirem sobre a sociedade atual em que vivemos, e a prova disso é que no brega-popularsco você jamais verá músicas com letras de revolta. Em um Brasil onde a ordem pública é perturbada por criminosos o tempo todo, e as autoridades gastam o dinheiro com Copa do Mundo e Olimpíadas em vez de investirem em obras contra as enchentes que assolaram o Rio de Janeiro nas últimas semanas, as músicas que expressam o pensamento do povo são músicas como o "Rebolation", e várias outras em que se dá a impressão de que tudo vai bem, tão bem que nos resta apenas beijar na boca.

O recreio popularesco tem como fim silenciar o brasileiro.

Em suas artimanhas a direita coloca o funk como a expressão cultural mais profunda da perifeira. Tentam inverter os valores colocando as mulheres-fruta como símbolo do feminismo enquanto na verdade não passam apenas de uma das várias ferramentas que mostram o poder do machismo aflorando nessa sociedade atual que se diz defensora dos direitos feministas.

Depois ainda tenho que encarar vários reacionários que me dizem: "você é contra a cultura do povo, seu classe-média preconceituoso!".

Na verdade preconceituosos são os donos das indústrias, os latifundiários, direitistas que se fundem com a mídia e propagam a cultura do efêmero na intenção de tampar os olhos de todos para que não vejam as mazelas do nosso país. Preconceituosos são eles que não permitem que as pessoas das periferías se tornem grandes figuras públicas pois não conseguem enxergar a chaga que se abre em seu próprio solo.


Lutemos então contra a grande mídia e seus filhos cancerígenos.

22/01/2011

O papel da música gospel na mortificação do espírito político e da ação social

   Posso simplesmente classificar TODAS as letras de música gospel em apenas: Lixo.

   Qual a mensagem principal que todas elas passam? "Deixe estar, deite na sua cama, alguém fará algo por você."

   As vezes quando estou em casa algum vizinho ou alguém por perto decide escutar esse estilo musical. Várias vezes, durante esses momentos eu parei para analisar o conteúdo das letras, as ideologias por trás das crenças, e seus efeitos sobre os consumidores de tal produto. Conversei com esses consumidores, e muitas vezes tive a oportunidade de ouvir suas conversas na fila do banco ou no ponto de ônibus. Pude observar que eles possuem uma necessidade muito grande de se sentirem seguros em relação ao que o futuro pode trazer.

   Freud em seu texto "O Futuro de uma ilusão" deixa bem claro o princípio de toda essa necessidade do ser humano de controlar fatores incontroláveis, de poder manipular o caos total que são as variáveis que regem a lei deste nosso mundo. E ele é bem taxativo. Classifica esse comportamento como IMATURIDADE.

   Para Freud, essa necessidade de algum ser superior, um pai supremo que venha amenizar as dores da vida ou até mesmo extingui-las é uma característica que vem da infância, chamado de "sentimento primário do eu". A criança, desprotegida, precisa de alguém mais forte para interceder por ela, no caso, seus responsáveis.

   Na vida adulta, muitos não conseguem se livrar dessa carácterística primária e procuram focar essa necessidade em algo maior, e, em sua concepção: lógico. Criam deuses, criam crenças, subterfúgios para não encarar o caos verdadeiro. Não conseguem assumir sua autonomia, não percebem que na verdade não se pode controlar o futuro, que a o mundo joga de acordo com as regras da probabilidade. Talvez isso seja em grande parte o problema fundamental do medo do câncer, da AIDS, da morte.

   O que é pior, é como essa necessidade é espalhada como que uma doença perniciosa, em forma de ensinamentos, pessoas são condicionadas desde a infância a continuarem nessa dependência.

   A música gospel é mais uma das diversas ferramentas reforçadoras da mortificação do espírito vitorioso com o qual nascemos. Nela, o incentivo à crença de que "se você confia n'ele, ele mudará sua situação" é a todo o momento incentivado. O imperativo para que o seguidor, o crente omita todas as suas apreenções do mundo e passe a pensar e agir da forma como se é proposto pela crença, também é sempre instalado na mente das "ovelhas".

   Agora, olhem bem na cara de nossa sociedade, e somem todos os fatores dessa equação. Temos de um lado, jovens alienados de seu papel político e que acham que realmente vivem em uma democracia, e não há nada mais a ser feito. De outro lado, uma massa crescente de pessoas ideológicamente mortas por causa de sua religião, dispostas a matar mais pessoas e arrebatá-las para o seu rebanho, e bem no meio, pensadores e intelectuais sendo marginalizados por pensarem diferente. Não teremos um resultado satisfatório.

   MORTE À RELIGIÃO.

13/01/2011

O retrato perfeito sobre o cristianismo na Idade Média em "O nome da rosa"

O filme “O nome da Rosa”, de 1986, dirigido por Jean-Jacques Annaud passa em um mosteiro de 1327 na Itália onde a ordem é perturbada por uma série de mortes. Os monges acreditavam ser uma obra do demônio. Frei William de Baskerville é chamado para ajudar nas investigações das mortes. Munido de princípios racionais e científicos ele percebe que as mortes não estavam ligadas à obras confabuladas por entidades extraterrenas, mas sim à um livro polêmico escrito por Aristóteles. O livro seria supostamente o segundo volume de A Poética, que discorria sobre a boa natureza cognitiva do humor e do riso, justamente o que era banido dos preceitos cristãos no monastério, dito que o riso era obra do demônio. É sabido que para os monges beneditinos apresentados no filme, a vida de santidade que escolheram os diferenciava do homem comum, portanto, a vida de austeridade que levavam era o caminho para se manterem santos, portanto, aqueles que tocavam no livro e sabiam de sua existência eram mortos.

Não se sabe se o livro realmente existiu no mundo real, mas é fato que o filme é uma descrição cinematográfica do poder que a igreja mantinha na idade média.

No Império Romano nasce a religião cristã, por séculos se expandiu e obteve mais tarde de Roma o direito de liberdade de culto. A igreja consolidou-se quando houve a conversão do povo da Germânia, pois ai sobreviveria à degradação do império Romano no ocidente. A igreja católica mantinha a unidade religiosa, cultural e política. Ditava as formas de nascer, morrer e festejar.

Na Idade Média a riqueza era medida pela quantidade de terra, e a Igreja chegou a ser proprietária de quase dois terços das terras da Europa ocidental, conhecida, portanto como a grande senhora feudal. Grande parte dessas terras foi adquirida através de doações de fiéis, que, com o ato, supostamente conseguiriam garantir seu lugar no céu.

O Papa Gregório IX criou, em 1231, os tribunais da Inquisição, cuja missão era descobrir e julgar os heréticos, pois havia diversas práticas religiosas que não seguiam a prática cristã estritamente e se chocavam com os dogmas da Igreja.

Na tentativa de descobrir se os réus eram de fato culpados ou não, muita dor e sofrimento era infligido aos suspeitos. Manuais de tortura eram seguidos à risca para fazer com que o réu a qualquer custo confessasse sua culpa. Muitos saiam mortos das sessões ou pelo menos com fraturas e traumas.

A ação dos tribunais da Inquisição estendeu-se por vários reinos cristãos: Itália, França, Alemanha, Portugal e, especialmente, Espanha. Nesse último país, a Inquisição penetrou profundamente na vida social, possuindo uma gigantesca burocracia pública com cerca de vinte e cinco mil funcionários a serviço do movimento inquisitorial. Pressionada pelas monarquias católicas, a Inquisição desempenhou um papel político e social, freando os movimentos contrários às classes dominantes e, dessa maneira, ultrapassando sua finalidade declarada de proceder ao mero combate às heresias religiosas.

O filme O nome da Rosa elucida de forma clara o que foi o período medieval e a dominação imposta pela igreja católica medieval. O controle da população de fiéis era feito através da retenção do conhecimento para as mãos de poucos e a propagação do medo do que é invisível, onipresente, poderoso e mal. O ato pela razão era tolhido. O poder político e cultural era centralizado na mão da elite, e essa era a união entre o Estado e a Igreja. Muito embora esse período seja conhecido pela não evolução da ciência, e chamado então de “idade das trevas”, a produção artística não foi inexistente, apenas se focava em preceitos religiosos. Muitos obras musicais, muitas pinturas foram produzidas nesse período.


Por Neanderthal

06/01/2011

A respeito da vida útil de alguns moluscos com câncer cerebral ser tão subestimada, enquanto alguns seres humanos enchem o cu de informações abstratas e pornográficas

O que falar? O que dizer num admirável mundo velho onde aparentemente tudo já foi dito? Não sei nem saberei, talvez. Estamos sendo bombardeados por inimigos invisíveis nesse exato instante, nossos sonhos são programados e a naturalidade é uma ilusão. Mas você já deve saber disso, afinal, tudo tem uma lógica, a lógica da entropia: estamos caminhando pro caos completo e a única saída racional é se tornar um paranóico. Não se esqueçam de Pynchon. Aliás, não se esqueçam de nada, ainda que “abençoados sejam os esquecidos..” e bla bla bla, fodam-se eles, aqui no subsolo subsiste apenas o camundongo de consciência amplificada, em outras palavras: não renegue a maldição, ela é necessária.

Auto destruição em 5, 4, 2, 3, 2.... NÃO! Pane no sistema! “Não haverá saída livre” estamos fodidos...  a agonia é lenta e nem tudo é permitido (só o que cabe na imaginação). 

O que falar?

“Agora o mundo todo está na beira do abismo contemplando o inferno e os liberais, intelectuais e sedutores de fala macia... de repente não sabem mais o que dizer”
12 de outubro de 1985.

Estamos revoltados, o problema é que não sabemos exatamente contra o quê... Contra tudo e contra todos, contra Deus, contra nós mesmos e contra nada ao mesmo tempo. A luta aos poucos se torna vazia e as mãos já não sabem o que atingir.

Culpem o pós-modernismo! Culpem o capitalismo! Culpem as drogas! Culpem o pastor! Culpem a si mesmos! Porra... viver se tornou uma prova de resistência, mas... desde quando?  As respostas se escondem no anus de caramujos africanos. Estamos realmente fodidos.

 “Porque jamais se ganha batalha alguma, ele disse. Nenhuma batalha se quer é lutada. O campo revela ao homem apenas sua própria loucura e desespero, e a vitória é uma ilusão de filósofos e tolos.”

A Loucura... E o horror, o horror...

 (To be continued... ou não)

Por JV.Pinheiro ( e seu clone alienigena, que escolheu a imagem e o título)

05/01/2011

Você causa DOR ao próximo?

Nesse post vamos falar sobre o sofrimento do próximo para a satisfação do seu prazer.

Imagine, você, adotando ou comprando algum ser humano, e cuidando dele por algum tempo, dando casa, comida. Chega um momento então que você percebe que este ser humano está pronto para ser abatido, e cozinhado por você. E você faz exatamente isso. Abate-o e come-o.

Muitos chamariam isso de um ato frio de canibalismo, e diriam que a pessoa que cuidou desse ser humano possui algum distúrbio psicológico. Mas na verdade é isso que fazemos diariamente, não com seres humanos (pelo menos não eu), mas com os animais. Você que possui um cãozinho bonitinho em casa, branquinho, peludinho, pequenino, e então você abate esse seu cão para consumo próprio. "Ah, mas os animais estão aí para nos servir." Digo, não, eles não estão aqui para nos servir, são possuidores de várias funções cerebrais como nós. Pensam. Tentam sobreviver assim como nós. Isso é provado cientificamente, e pra quem faz algum curso na área da saúde, sabe muito bem do que falo.

Vegetarianismo é a resposta para pararmos com essa carnificina que também causa danos ao nosso corpo. Você no natal que se passou sentado em volta de uma mesa com sua família celebrando a paz e a alegria, a reconciliação, mas com um cadáver em cima da mesa servindo de comida à todos. Se você luta pela sustentabilidade, então você deve se tornar vegetariano. Como vamos parar de guerrear se em nossa família esse hábito terrível é permitido? Hipocrisia?

Vegetarianismo é muito mais que um modismo, não é apenas verbo, apenas falar "sou vegetariano", mas é uma postura ética. SEJA VEGETARIANO. Pra quem acha que é apenas uma bobeira, deixo para vocês então 2 vídeos que retratam muito bem o SOFRIMENTO ANIMAL. Não compactuem com isso.






P.S.: Este post é para transmitir uma idéia que ajude na sustentabilidade e na promoção da paz, e com certeza respeitamos quem é adepto do consumo de carne, não endossamos nem criticamos nenhum ato religioso com relação a isso.

Por Neanderthal

03/01/2011

A grande Ressaca Moral do povo

E começa um novo ciclo. 2011 chegou!!!

E se passaram então as festas de fim de ano, tão desejadas, tão esperadas. Natal- "vamos esquecer o que se passou de ruim, não bata a porta na cara de quem lhe fez mal", Dizem. Ano Novo, muitos o usam como um impulso para perdoarem ou pedir perdão para o outro. Mas lembrem-se, só é permitido perdoar e pedir perdão nessa duas datas. Nenhuma outra.

Ora, festas de fim de ano? Não! Ressaca moral do povo. Pessoas pulando ondinha na praia, comendo sete uvas, batendo palmas sete vezes, achando que esses ritos surpersticiosos irão por si só mudar sua condição em relação ao mundo, nos aspectos social, finançeiro, sentimental, e não conseguem encarar que a causa de todos os processos que se seguem em suas efêmeras vidas são eles próprios. Acham que a as festas de fim de ano vão sarar todas as suas dores, e que depois da meia noite do último dia do ano, tudo passará. O que não conseguiram fazer em 365 dias irá se concretizar em 1 minuto? Talvez, a matemática da vida está aí, mas não está a favor de todos, é apenas uma questão de probabilidade.

Para alguns esse texto já é um clichê dito por adeptos do modismo "cult", mas a finalidade dele é atingir você que ainda se encontra maravilhado com as vinhetas de fim de ano da Rede Globo de televisões. Para você que ainda compra ano após ano uma roupinha branca pra trazer sorte. Enfim, para você que não consegue ver que nesse mundo tem muita merda que não vai desaparecer quando todo mundo resolver pular sete ondinhas.

Procurem então durante TODO o ano desse 2011 e os próximos não causar qualquer tipo de dor ou sofrimento aos seus semelhantes. Siga a ética e você se sairá bem. Seja justo. E uma coisa MUITO importante: CHEGA DE FUNDAMENTALISMO! Abra os olhos.

Esse não são os meus votos de natal e de fim de ano, são conselhos para uma vida de autonomia, prudência e racionalidade.

Abraços.